Em cada ronda da vida
tive um pingo de lei
montado sou como um rei
pelo garbo e pelo entorno
cavalo pra mim é um trono
e nesse trono me criei
de piazote eu encilhava
um peticito faceiro
que era cria de um oveiro
e de uma éguinha bragada
era da cor da alvorada
o meu petiço luzeiro
rosado como as manhãs
do pelo da própria infância
mascando o freio com ânsia
parece que até sorria
chamava-se fantasia
e era flor aqui da estância
Já mocito, meu cavalo
era um ruano ouro nas crinas
que foi dingue das chinas
e eu chamava o sedutor
fazia o jogo de cor
com o reflexo da aurora
nos cabrestilhos da espora
e nos flecos do tirador
naqueles tempos de cuera
nos bolichos aos domingos
muitos me viram pachola
com um laço a la bater cola
e virando o balcão de gringo
Meu cavalo de guerra
chamava-se Liberdade
sumi com tanta saudade
me alvoroça o coração
era um ouro fanfarrão
crioulo da própria marca
e eu ia como um monarca
na testa do esquadrão
e numa batalhas das feias
como aquela do Seival
o mesmo que um temporal
rolamos por um lançante
e até o próprio comandante
ficou olhando o meu bagual
Homem feito e responsável
o meu flete é um tostado
tranco macio bem domado
êta pingo macanuda!
desses que servem pra tudo
segundo o velho ditado
bem amestrado na lida
e um andar de contradança
de freio um balança
campeiro solto de pata
gaúcho, mas sem bravata
e eu batizei de Confiança
E o cavalo que eu encilho
nesta quadra da existência
dei-lhe o nome de Experiência
é um picaço de bom trote
e levando por diante o lote
rumbeio a Eterna Querência
e assim vou descambando
ao tranco sem escarcéu
sempre tapeando o chapéu
por orgulho de gaúcho
mas, se Deus me permite o luxo,
entro a cavalo no céu!
quarta-feira, 25 de junho de 2008
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Tradição
Tradição é o todo que reúne em seu bojo a história política, cultural, social e demais ciências e artes nativas, que nos caracterizam e definem como região e povo. Não é o passado, fixação e psicose dos saudosistas. É o presente, como fruto sazonado de sementes escolhidos. É o futuro, como árvore frondosa que seguirá dando frutos e sombra amiga às gerações do porvir. Como diz Hélio Rocha em sua belíssima página:“Tradição não é simplesmente, o passado.O Passado é um marco. A Tradição é a continuidade.O Passado é o acontecimento que fica. A Tradição é o fermento que prossegue.O Passado é a paisagem que passa. A Tradição é a correnteza que continua.O passado é a mera estratificação dos fatos históricos já realizados.A Tradição é a dinamização das condições propulsoras de novos fatos O Passado é estéril, intransmissível.A Tradição é essencialmente, fecundadora e energética.O passado é a flor e o fruto que findaram. A Tradição é a semente que perpetua, O Passado é o começo, as raízes. A Tradição é a seiva circulante, o prosseguimento., O Passado explica o ponto de partida de uma comunidade histórica. A Tradição condiciona o seu ponto de chegada. O Passado é a fotografia dos acontecimentos. A Tradição é a cinematografia dos mesmos. Enfim TRADIÇÃO É TUDO AQUILO QUE DO PASSADO NÃO MORREU.”
Tradição é o todo que reúne em seu bojo a história política, cultural, social e demais ciências e artes nativas, que nos caracterizam e definem como região e povo. Não é o passado, fixação e psicose dos saudosistas. É o presente, como fruto sazonado de sementes escolhidos. É o futuro, como árvore frondosa que seguirá dando frutos e sombra amiga às gerações do porvir. Como diz Hélio Rocha em sua belíssima página:“Tradição não é simplesmente, o passado.O Passado é um marco. A Tradição é a continuidade.O Passado é o acontecimento que fica. A Tradição é o fermento que prossegue.O Passado é a paisagem que passa. A Tradição é a correnteza que continua.O passado é a mera estratificação dos fatos históricos já realizados.A Tradição é a dinamização das condições propulsoras de novos fatos O Passado é estéril, intransmissível.A Tradição é essencialmente, fecundadora e energética.O passado é a flor e o fruto que findaram. A Tradição é a semente que perpetua, O Passado é o começo, as raízes. A Tradição é a seiva circulante, o prosseguimento., O Passado explica o ponto de partida de uma comunidade histórica. A Tradição condiciona o seu ponto de chegada. O Passado é a fotografia dos acontecimentos. A Tradição é a cinematografia dos mesmos. Enfim TRADIÇÃO É TUDO AQUILO QUE DO PASSADO NÃO MORREU.”
Meus desassossegos sentam na varanda,
pra matear saudade nesta solidao,
cada por de sol,
doi feito uma brasa,
queimando lembranças,
no meu coraçao.
Vem a noite aos poucos,
alumiar o rancho,
com estrelas frias,
que se vao depois,
nada é mais triste,
neste mundo louco,
que matear com a ausencia,
de quem já se foi.
que desgosto o mate,
cevado de mágoas,
pra quem nao se basta,
pra viver tao só,
a insônia no catre,
vara a madrugada,
neste fim de mundo,
que nem deus tem dó.
Entao me pergunto,
neste desatino,
se este é meu destino,
ou deus se enganou,
todo desencanto,
para um só campeiro,
que de tanto amor,
se desconsolou.
pra matear saudade nesta solidao,
cada por de sol,
doi feito uma brasa,
queimando lembranças,
no meu coraçao.
Vem a noite aos poucos,
alumiar o rancho,
com estrelas frias,
que se vao depois,
nada é mais triste,
neste mundo louco,
que matear com a ausencia,
de quem já se foi.
que desgosto o mate,
cevado de mágoas,
pra quem nao se basta,
pra viver tao só,
a insônia no catre,
vara a madrugada,
neste fim de mundo,
que nem deus tem dó.
Entao me pergunto,
neste desatino,
se este é meu destino,
ou deus se enganou,
todo desencanto,
para um só campeiro,
que de tanto amor,
se desconsolou.
Eu vou cevar um mate gordo de esperança
Com a erva verde do verde do teu olhar
Tomar um trago bem graúdo
E preparar tudoPara te esperar
E o meu rancho que era escuro de saudade
Eu vou fazer uma pintura de alegria
Para te impressionar e te agradar
Se tu voltar guria
Eu fiz promessa pro negrinho
Eu fiz promessa pro negro do pastoreio
Levei fumo em rama e um gole de canha
Como oferenda
Só pra ele me ajudar
Só pra ele me ajudar a encontrar um meio
E um laço forte pra que eu te prenda, prendaOh!oh!oh!
E então sem mágoa
Posso até sentir o que virá depoisOh!oh!oh!
Vou esquentar a água e feliz servir
Um mate pra nós dois.
essa musica foi muito especial pra mim
pois foi a minha musica do meu baile de debutantes...
José Mendes - Esmeralda José Mendes
Valsa
Minha Esmeralda tão verde, mais verde do que as olivas
Neste mundo chimarrão, tu es doce e terna nativa –
Campos, colinas e serras, iguais não verei jamais
Sou ébrio da minha terra nas taças dos pinheirais.
Minha saudade galopa nos bosques cheios de flores
Ao despertar grandes tropas nos campos dos meus amores
Esmeralda, Esmeralda
Berço verde de esperança
Esmeralda, Esmeralda
Pra ti serei sempre criança.
Morena formosa tão linda dos olhos de um verde sem fim
Iguais as paisagens da terra, meu bem querer é assim –
Eu levo um destino gaudério, deixando horizontes pra
traz
Carrego um sonho comigo: Um ranchinho, teu amor e nada
mais.
Minha saudade galopa nos bosques cheios de flores
Ao despertar grandes tropas nos campos dos meus amores
Valsa
Minha Esmeralda tão verde, mais verde do que as olivas
Neste mundo chimarrão, tu es doce e terna nativa –
Campos, colinas e serras, iguais não verei jamais
Sou ébrio da minha terra nas taças dos pinheirais.
Minha saudade galopa nos bosques cheios de flores
Ao despertar grandes tropas nos campos dos meus amores
Esmeralda, Esmeralda
Berço verde de esperança
Esmeralda, Esmeralda
Pra ti serei sempre criança.
Morena formosa tão linda dos olhos de um verde sem fim
Iguais as paisagens da terra, meu bem querer é assim –
Eu levo um destino gaudério, deixando horizontes pra
traz
Carrego um sonho comigo: Um ranchinho, teu amor e nada
mais.
Minha saudade galopa nos bosques cheios de flores
Ao despertar grandes tropas nos campos dos meus amores
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